terça-feira, 16 de junho de 2009

"Corrida do Ouro"



No ano de 1848 uma notícia do jornal “New York Herald” anunciou a vasta quantidade de ouro encontrada no árido oeste dos Estados Unidos, precisamente no Estado da Califórnia.
Essa noticia fez com que mais de 300.000 pessoas de todo o mundo povoasse a região, dando início ao que chamamos de “Corrida do Ouro” 1848–1855.

Mencionei essa historia por considerá-la muito interessante, podendo associá-la a outra “Corrida do Ouro” que esta acontecendo aqui no Brasil, e que por coincidência ou não, originada também por uma notícia comunicada a dois mil anos.
Essa Corrida do Ouro não trás a ilusão do fique rico, e sim do “me de seu dinheiro e seja salvo”.
Lutero protestou pelas indulgências cobradas pela Igreja Católica, dando origem ao protestantismo, que por ironia do destino – ou não – hoje após 500 anos camufla as mesmas indulgências em ofertas milagrosas.
Transformando fiéis em pepitas de ouro inesgotáveis, a Igreja segue no que chamo de Teologia do medo, transformando em lucro a pobre pepita escravizada, que acredita piamente que seu dinheiro poderá trazer o alívio para alma.
E o pior é que essas dores de parto não geram novos nascimentos aos olhos de Cristo e sim novas criaturas aos olhos do consumismo desenfreado. Os chamados “crentes consumidores” nascem aos montes em Igrejas sem maturidade denominadas Igrejas meninas, e as encaram como um grande mercado, onde bênçãos estão nas prateleiras. Portanto consumir é fácil; pega-se as bênçãos coloca-se no carrinho da fé e paga-se no caixa chamado gazofilácio.

Gilberto Di Santi Junior

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